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​Gestão de frotas ajuda a reduzir despesas e aumentar eficiência

Presidente da AGEV (Associação de Gestão de Despesas de Veículos), Ricardo Albregard, falou sobre o tema à Agência CNT de Notícias

 

​A adoção de métodos para melhorar a gestão das frotas pode reduzir as despesas das empresas de transporte em até 40%. Apesar disso, 75% delas não dispõem de estratégias especializadas para isso, segundo dados da AGEV (Associação de Gestão de Despesas de Veículos). O processo deve ser implementado desde a aquisição de um veículo até sua venda, já que também interfere na conservação e valorização do bem, desde a aquisição de um veículo até sua venda.

O presidente da entidade, Ricardo Albregard, falou à Agência CNT de Notícias sobre os benefícios da gestão de frotas e ações que podem ser implementadas pelas empresas para reduzir os custos e aumentar a eficiência dos serviços.

Recentemente, um estudo da Coppe/UFRJ apontou que 50% do tempo num processo de entrega da carga é perdido no deslocamento (por causa do trânsito), na procura por um local para estacionar e na espera por alguém que, no local da entrega, receba a mercadoria. Qual o papel do gerenciamento da frota nesse processo? Que medidas podem ser adotadas para reduzir esse desperdício de tempo e de dinheiro?

O gestor de frotas, no processo de transporte e entrega de mercadorias, deve agir preventivamente para evitar perda de tempo e reduzir os custos da viagem. Sendo assim, deve procurar definir a melhor rota em termos de segurança, tráfego, custo de pedágio e período de viagem; avaliar qual é o melhor horário para viajar, para iniciar a viagem, verificar previamente as restrições legais de dias e horários para o trafego de veículos e se há local apropriado para a entrega da mercadoria.

As empresas de gestão de frotas oferecem soluções para auxiliar o gestor a reduzir o tempo e os custos de viagem a partir dos dados imputados em sistemas durante o abastecimento e tecnologias que monitoram todo o percurso do veículo,  proporcionando ao gestor informações como o posicionamento real, o tempo que ficou parado, a velocidade média e a extração de relatórios com outros dados estatísticos, que vão desde o posicionamento real do veículo, até o tempo em que ficou parado, a velocidade média e a extração de relatórios com vários outros dados estatísticos.

Quando se fala em uma boa gestão da frota, que itens devem ser monitorados? De que maneira?

Os principais pontos geridos em uma frota são voltados à economia de combustível, combate às  fraudes, manutenção preventiva e corretiva, ao modo correto de conduzir os veículos, como também ao cumprimento da legislação vigente pelo proprietário, pelo condutor do veículo e por terceiros.  Em outras palavras, uma boa gestão dos veículos da frota permite o gerenciamento e controle, tanto dos chamados custos visíveis, que são os relacionados ao consumo de combustível e de manutenção dos veículos, como também os custos invisíveis, que são os relacionados ao desempenho dos motoristas. A gestão desses pontos contribui para a melhoria operacional e redução de custos das empresas, gerando ganhos ambientais e redução de acidentes.

Uma gestão eficiente da frota permite redução de custos e de tempo? Em quanto, aproximadamente?

A gestão eficiente de despesas com frotas oferece possibilidade de melhorias na eficiência das frotas e redução de custos de até 40%, com uma média de 20%, nos gastos com combustíveis e manutenção. Todas as soluções realizam o pagamento das despesas.

Porém, as informações coletadas para gestão, como volume e tipo de combustível, dados do condutor, km dos veículos, dentre outras, são o diferencial e a base das soluções de produtividade e eficiência. Temos cases de redução de 45% nos veículos parados e de 56% de melhoria na manutenção.  Por meio de relatórios, é possível combater fraudes e ter controle sobre etapas críticas da gestão de uma frota, como abastecimento e manutenção. A empresa pode acompanhar e comparar o desempenho entre motoristas e veículos. O sistema, quando bem utilizado, permite ao cliente conhecer o custo do km rodado por tipo de veículo ou condutores. Algumas associadas da AGEV chegam a oferecer serviços de telemetria, por meio dos quais é possível rever rotas e realocar veículos já em trânsito.  Outras, apoiam seus clientes para entrar no mercado de créditos de carbono.   Outro serviço de grande relevância é o treinamento de condutores para uma direção mais responsável e consciente, que favoreça a redução dos acidentes.

Que tipo de tecnologias estão disponíveis e que podem ser utilizadas pelas empresas nesta atividade?

Atualmente, as tecnologias visam facilitar a vida do usuário, por isso, as empresas oferecem plataformas online e de fácil implantação. As informações para gestão de combustíveis são coletadas, como, por exemplo, o volume, o tipo, dados do condutor, km dos veículos, dentre outras. Além disso, são utilizadas tecnologias para leitura de tacógrafo, monitoramento e telemetria para orientação e educação de condutores, controle de portaria, monitoramento de manutenção preventiva e soluções sustentáveis como inventário de emissão de gases efeito estufa e compensação das emissões.

Dados da AGEV apontam que 75% das empresas com frotas não têm serviços especializados de gestão de despesas. A que atribuem esse índice?

A informalidade no setor ainda é alta, mas aos poucos os gestores de frota estão começando a perceber que contar apenas com o tradicional controle manual das “notinhas” com os postos é coisa do passado e que a profissionalização passa a ser primordial para a eficiência da operação, uma vez que o controle dos custos, a forma de conduzir e a disponibilidade da frota são as palavras-chave para a sobrevivência neste novo cenário competitivo. As empresas especializadas em gestão de frota são portanto, grandes aliadas, elas possibilitam um salto de qualidade tanto na operação quanto no ganho de produtividade.

O custo de implantação de um moderno sistema de gerenciamento é alto? O retorno demora para ocorrer?

O custo de implantação não é alto e o tempo para implantação é relativamente rápido, e dependendo do grau de organização da empresa o retorno em média acontece em até 12 meses.






Natália Pianegonda
Agência CNT de Notícias

Fonte: https://www.cnt.org.br/imprensa/noticia/entrevista-ricardo-albregard-cnt